terça-feira, 24 de julho de 2007

A minha alegre casinha...


Vista da porta da frente...

Vista da metade direita da sala...
E a metade esquerda quase toda...


Vislumbre do quarto de casal...

Quarto das crianças...

Parte do jardim nas traseiras...

Faltam ainda o quarto do 2º andar, que ainda n está completo, e as zonas de serviço da casa como a cozinha e wc... E em terras de chuva, vamos tendo dias lindos como este, em que o sol aparece pra nos beijocar as faces.

Sejam bem vindos!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

As minhas aventuras com o corta-relva

É verdade, depois de 30 anos a viver em apartamentos, experienciei pla primeira vez o que significa ter um palminho de terra. Nesta grande ilha verde que é a Bretanha, e nesta localidade que é Swindon, todas as casinhas têm o seu jardim, e o nosso é bastante grande por sinal. Já imagino ali um assador pra nos dedicarmos aos barbequeues aos fins de semana (naqueles em que não chover ;)) ), e no delírio que já é ver o meu filho correr na relva e jogar à bola todo contente. Este facto por si só tem vantagens e desvantagens das quais destaco uma de cada: uma vantagem é o facto de lhe regular as glicémias. Uma desvantagem é que a relva esmigalhada e entranhada nos joelhos das explendorosas derrapagens causadas por aparatosas defesas de guarda redes n é nada fácil de tirar da roupa, nem com lavagens a 90º... Mas a 1ª compensa a 2ª, seguramente.


É de realçar a minha figura atrás do corta-relva, naquela que foi efectivamente a minha primeira experiencia com o dito. A relva estava altíssima, porque não sei já há quanto tempo n era cortada, e nós estamos aqui há um mês e meio e naturalmente que as primeiras prioridades prendiam-se com o interior da casa. Sendo que agora esta já se parece com um lar, lá nos dedicámos por fim ao exterior. De início comtemplei a hipótese de me atirar à relva de catana, vá lá de foice, no mínimo, porque de repente n estava a ver como cortar a relva com aquela altura (sim o sacana do jardim parecia já uma selva), dado que o próprio corta-relva desaparecia já no meio da densa vegetação...só faltava mm cm pano de fundo ouvirem-se aqueles barulhos causados por animais ocultos na selva (úúúú-ááááá). Adiante, lá me lancei ao trabalho. Com a ponta do aparelho a “petrol” ligeiramente levantada pra melhor cortar a relva alta, lá fiz uma “estradinha” de relvinha aparada mesmo a meio do jardim! Chegando ao outro extremo do mesmo, voltei o corta-relva ao contrário pra fazer o mesmo no sentido contrário, alargando a “estradinha”, até ter toda a relva cortadinha. Eis senão qdo o dito aparelho pára de funcionar, recusando-se terminantemente a prosseguir o seu trabalho! O horror! E agora??? Esvaziei o recipiente de relva cortada, conferi a existência de petróleo no depósito, puxei em vão o cordelinho que iníciava o motor... Cheia de pavor de ficar com o jardim naquela figura, com uma “auto-estrada” a meio, o que iria com toda a certeza constituir o gozo dos vizinhos britânicos que exibem os seus explendorosos jardins primorosamente aparados e decorados com flores e vasinhos de todo o tipo, corri até casa do senhorio que me tinha emprestado o corta-relva, em busca de uma solução urgente. Com o meu sorriso mais brilhante, expliquei o que se tinha passado, apavorada com a ideia de porventura ter avariado a máquina e de me meter em despesas... O caro senhor n só me descansou, cm se disponibilizou a acompanhar-me, bem como os seus filho mais novo, sobrinho e pai idoso, que n fala nem inglês e muto menos português (é de salientar que o senhorio e toda a sua família são provenientes da Índia...), e que ía dando ao filho, ao senhorio, algumas indicações em indiano sobre o que teria eventualmente provocado a paragem do aparelho... Eu mto solícita e atenta, assisti ao acto de magia que foi o homem levantar o corta relva e tirar de debaixo deste um monte de erva que estava a entupir, a zona das lâminas, e pronto! Em 10 segundos o mecanismo foi libertado da relva em excesso e desatou a funcionar novamente. Agradeci com veemência ao Sr. Paul o favor. mas o senhor satisfeito com o meu interesse e iniciativa, dado que normalmente são os maridos a cortar a relva, avança em frente, e depois pra trás com o corta relva, e volvida uma hora, (sim o raio do jardim é mm grande) tinha a relvinha toda cortadinha! Q felícidade! A meio do processo o meu marido juntou-se-nos enquanto eu apanhava a relva cortada do chão e limpava as extremidades com uma vassoura, que em nada era apropriada para o efeito, mas ok...


No fim do trabalho, mtos agradecimentos, promessas para um churrasquinho em familia (bolas eles são 15!!) e uma chaveninha de café da Nespresso, pra deixar o indiano bem impressionado. Trocaram-se dois dedos de conversa, falou-se das aulas de inglês que tenho dado aos miúdos e que nunca tinham sequer ouvido a palavra “gramática” na vida, e no futuro, na vida, nos objectivos, enfim... Como se tornou já comum e quase presente de despedida, o senhor Paul pediu ao João um teste de glicémia pq lhe tinham diagnosticado diabetes na anterior semana e o homem ao que parece andava um bocado à rasca, se me permitem o termo. Cm cá em casa há dois diabéticos, parece q a palavra se espalhou e toda a gente cá vem, tipo Farmácia local, pra picar o dedo...ou então com mais subtileza, no fim dum jantar de amigos, há sempre alghuém que se saia com esta: “Ó João, n me queres fazer um teste na tua maquineta? É só pra ver se dói mto...Ehehe, n sei cm o teu puto aguenta isto, pá! Ora deixa lá ver...”


Voltando ás minhas andanças na natureza, vou agora semear o jardim...tenho de comprar as sementes das flores que me interessam e tb os instrumentos, que n faço a mínima ideia de quais sejam...a mais próxima noção de jardinagem que tenho remonta ao balde e às pazinhas que usava na prai de santa Rita no Vimeiro entre os 3 e os 10 anos...Já lá vão uns anitos... Será que há cursos disto, só pra reciclar???


Qdo o jardim estiver cm quero, tiro uma fotografia e coloco-a no blog, pra todos apreciarem as minhas artes de jardinagem....Chegou a passar-me pla cabeça, cm boa portuguesa (isto há coisas que dê lá por onde der, n se conseguem mudar pq nos estão no sangue...) semear alfaces e tomates pa salada (afinal tinha um avô alentejano), mas depois detive-me a tempo!


Talvez uns moranguinhos?!??!



terça-feira, 19 de junho de 2007

Panic???

Estava eu e o meu marido, à procura de uma morada, nesta nossa nova cidade de Swindon. Saio do carro numa rua que subia, e o marido fica no veículo com ambos os putos no banco detrás, enquanto eu batia a uma porta pra me pedir indicações...

Através de uma janela, vejo o que me pareceu um inglês enlouquecido, de olhos esbugalhados e a bater repetida e sonoramente no vidro da sua sala... e então fez a maior cara de parvo que eu já tinha visto. Olhei pra trás para o meu marido que descaía o carro pra fazer inversão de marcha e franzi o sobrolho em espanto como quem pergunta "o q tem este gajo??"

Eis senão qdo o dito inglês me abre a porta de rompante e diz "I am so sorry! Terribly sorry" I thought you had left the car without the breaks! I saw the car sliding with the children inside and absolutely paniked. I really did! Terribly sorry. I just realised you have the weel on the wrong side of the car..."

Em suma, estes gajos têm tudo às avessas, são quase todos canhotos, os puxadores das portas que abrem ao contrário, a condução é à esquerda, as medidas de peso e de comprimento com unidades diferentes das nossas, uma moeda diferente, as tomadas de parede onde n servem as nossas fichas a menos que recorramos à utilização de um palito (mm à portuguesa)... e ainda têm a ousadia de achar que temos o volante do lado errado do carro!

Vá-se lá entender isto!

;D

- Filho, veste-te. Vou levar-te à loja da libra e deixo-te escolher um dinossauro novo. Queres?

- Claro, mãe! Mas olha...

- Diz, filho.

- Vamos demorar mto tempo a chegar a essa "libraria"?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Calor...

O calor corroi, destroi, acaba...queima as entranhas mais do que a pele, que apetece despir tb... o duche já n acalma, e o cerebro quer sair da cabeça e apanhar ar...

Saudades...do tempo em que n sabia o que era o convencional e o socialmente correcto...em que n tinha a noção do perigo e n conhecia o medo...Maria está presa dentro de si...e n pode sair pra n ser consumida plas chamas que a querem devorar inclementes...

Maria quer o infinito, o imensurável, o imortal...e sabe que o encontra em si, mas isso já n lhe é suficiente... Quer absorver...quer ir buscar...sem passar a possuir...porque a beleza do que mais quer reside precisamente na liberdade que lhe é inerente...é essa ausência de posse que lhe confere a sensação de realização, qdo alcança o que pretende, em escassos momentos de glória. Mas n se atreve a exigir mais, ainda que acalente em si esse desejo de mais...para ela seria como prender para sempre uma abelha a uma flor...e privar ambas da alegria e da magia que fazem juntas de cada vez que se encontram...

sábado, 9 de junho de 2007

A pedido de várias famílias...

Alguns dos meus comentaristas (isto assim dito até parece sério) queixaram-se de n conseguirem abrir o video do post abaixo. Assim sendo, aqui repito o faduncho. Toca a entrar de novo a bordo do Barco Negro.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Poetas

Para os verdadeiros poetas...

Disse alguém um dia que os poetas são aqueles que nos penetram a alma sem precisarem de convite e nos tocam a alma sem pedirem autorização. Quando os sentimos, assentimos por dentro às realidades que nos apresentam nas palavras, como se descobrissemos o que entendemos depois que afinal sempre cá esteve...é como se nos cantássem uma música que julgamos desconhecer mas que logo a seguir trauteamos com eles, porque a letra se encontrava embutida cá dentro...

A todos os poetas e aos que os apreciam, um convite pra embarcarem nesta viagem, a bordo deste Barco Negro... (pra quem fala inglês, há tradução e tudo!)

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Acidente de percurso

O caminho diante de si cheia de mistérios, expectativas e conquistas pra realizar puxa-a pra frente...Lutará por si e plos seus, com a garra que a vida lhe reconhece. Arranhada num joelho por uma queda recente e que a deixará permanentemente marcada, ergue-se com dificuldade. Limpa as lágrimas que verteu sobre a ferida e olha a pedra que a feriu com supresa e incredibilidade...nunca esperou que naquela estrada em que circulada acompanhada, pudesse magoar-se tão seriamente. No fundo "a pedra ressentiu-se", pensou ela, "qdo sentiu o meu peso sobre si, e feriu-me pra se defender, mas n quis pisá-la, o meu pé escorregou e caiu-lhe em cima...". Depois troçou de si por atribuir intensões à pedra. Disse a si mesma que a pedra inanimada e sem emoçoes não a teria ferido com consciência das consequências, de inanimada que era. Mas depois antes de continuar caminho, fitou a pedra atentamente uma última vez. Sem saber explicar e entender o que via, viu a pedra indignada, ressentida, quase feroz. "Foste ingrata", gritou-lhe a pedra, "eu e outras como eu compusémos o chão em que caminhas e pisaste-me...Como te atreveste?"...Ainda tendou digerir e organizar dentro de si os pensamentos, e tentar defender-se...e dizer à pedra que não a pisara de propósito, que não o podia ver dessa forma, que de maneira nenhuma tê-la pisado por acidente era sinónimo de ingratidão... Incapaz de se ir embora sem se explicar (sempre tinha sido um dos seus piores defeitos, este), tentou arrazoar. A pedra ofendida virou-lhe as costas.
Ela seguiu caminho apoaindo-se nos companheiros de viagem que a apoiavam, já que andava com dificuldade. Disseram-lhe que nunca se discute. A verdade de um acontecimento varia sempre segundo o ponto de vista dos intervenientes, concluiu. A pedra sentiu-se ferida e até tratada com ingratidão, acusação que ela n conseguira entender, nem com a explicação que a pedra lhe dera. Ela sentiu-se provavelmente mais ferida ainda com a defesa em forma de ataque que a pedra lhe tinha arremessado, e ficaria de certeza mais marcada que ela. A pedra estará sempre lá, forte, indeformável, e a compor aquela estrada. A ela restava-lhe esperar que no longo percurso que ainda tinha de percorrer, cheio de surpreses e de desconhecido, aquele incidente não lhe trouxesse mais problemas. Só queria que a ferida n infectásse.

sábado, 2 de junho de 2007

De volta ao activo!

Olá a todos! N sabem as saudades que tive de todos e deste prazer de escrever pra blogesfera...

Ora novidades: O marido tá a trabalhar...a casa tá a ganhar o aspecto de um lar...o miudo vai pa escola na 2ª feira. A menina tá a crescer mto, pq estes ares verdes abrem-lhe o apetite e come q se desunha... Tratámos de alguma papelada para oficializar a nossa situação aqui e ter direito às mesmas coisas que os locais... Já temos consultas de rotina agendadas pra conhcermos o que será o nosso médico de familia. Os supermercados daqui são todos "Continentes" em ponto pequeno, mas com outros nomes, naturalmente, e consegue-se viver bastante barato se se souber onde comprar. Começo a conhecer os truques pa abastecer a despensa e o frigorifico com produtos de qualidade a quantias módicas... Em relação a outro tipo de compras, só pra terem noção, consegue-se comprar equipamento desportivo, tipo ténis da Nike a 20 libras...o que equivale aí a 35 euros...e aí em terras Lusas a coisa custa aí uns 100 euros plo menos...Roupa e calçado há pa todas as bolsas e as lojas de outlet fazem as delicias da malta! Por isso venham a Swindon fazer compras e instalem-se na minha humilde vivenda com jardim...fazemos um genuíno barbecue ao ar livre a ver os passarinhos e as raposas e os gatos e as lebres e os veados...hã? Tb temos sempre em casa flores naturais que há a venda em todo o lado, a preços optimos, e vou começar a "lavrar" o meu jardim agora em Junho... Parece convidativo, ou n?

O sotaque britânico começa a apoderar-se das nossas vidas...é tão diferente do americano...e mto mais bonito, diga-se! Toda a gente me pergunta se dou aulas, o q é verdade (já tenho 3 alunos), pq lhes parece surpreendente que pessoas não nativas falem um bom inglês e rico em sotaque. Ao que parece os ingleses, nem q se matem conseguem falar o q quer q seja para além de inglês...plo menos sem que pareçam uns idiotas pegados...

Achei interessante que o chá com leite que eu sempre tomei, aqui é um dado adquirido. Eles n almoçam, mas tomam chá c leite de hora a hora. Jantam as 18h da tarde...hora em que eu me dedico a debicar num pãozinho com chocolate e a bebericar um cházinho de fruta...com leite, claro! Continuo a jantar às 20h30 senão as 21h da noite tinha de jantar outra vez.

Um detalhe impossivel de n mencionar: aqui amanhece as 4h da manha...Plo menos nesta altura do ano. Os portugueses estranham mto a principio, pq nos entra a luz plo quarto dentro e nos acorda de madrugada...resolvi a situação temporariamente por prender uma manta aos cortinados para impedir a luz directa nas ventas a meio da noite...às 22h30 da noite ainda é de dia...enfim, n percebo cm esta gente dorme...

De Portugal tenho saudades da minha familia, naturalmente, dos meus amigos queridos e de toda a gente q sabe que é importante pa mim...e depois, tb tenho saudades de duas coisas em específico: 1º as pastelarias, pq aqui n há...e o que há de mais parecido com isso fecha as 17h da tarde, e n tem os nossos bolos acabados de fazer...tem uns cafés de meio litro, impossíveis, com leite se n mencionarmos que os queremos "black". 2º, n aguento as saudades do meu bidé! É isso mm, o bidé! Esta gente n usa bidé! As sanitas ou "toilets" são deixadas sozinhas em lugar de destaque nas casas de banho, cm se de um trono de tratassem. N dá pra nos sentarmos no tampo da sanita e por os pézinhos de molho num dia quente, no bidé mm ao lado...E se depois de usarmos as mesmas se queremos por o rabiosque ou qq outra coisa de molho, há que saltar pa banheira, o que envolve tirar a roupa toda, o que é uma seca danada...Claro que eu já descobri um truque alternativo e intermédio, que n vou revelar, de forma a que a higiene se mantenha sempre no seu melhor. Digo-vos apenas que exige alguma despreza fisica. Isto deixou-me simultaneamente curiosa e preocupada com as inglesas...cm é que estas gordas se lavam? Sim, pq duvido que se metam na banheira de cada vez que usarem a "toilet"...se calhar é por isso que se continuam a enfiar nas pizzarias e hamburguerias...é da carência emocional, entre outras, de nenhum homem lhes pegar, mas tb sem água na patareca, n vejo cm podia ser de outra maneira... Eu e os meus ápartes...!

Agora que votei ao activo, vamos ver-nos mto mais vezes por aqui. Tb estou ansiosa de navegar nos blogs da malta! Voltei pra vos ler, e tava cheia de saudades!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Inglaterra...

Só pra actualizar...
Cheguei, tudo é verde e arborizado...vi pássaros q nunca tinha visto, e anuncios sobre veados a escassos kilometros de minha casa...
A casa é girissima e estamos a dar-lhe uma valente limpeza e colocámos novo chão...o jardim fez as delícias dos miúdos, e as minhas, by the way...vou ter de aprender a cortar relva...
Falta o trabalho, mas já há umas coisas em vistas, é preciso é n desistir e manter a força de vontade. Sei estes 1ºs tempos n vão ser fáceis, pq mudar nunca é fácil...mas estou aqui e vou construir tudo devagar com toda a ajuda que tenho recebido, que de amigos, quer de família, e até de amigos da família ue eu nunca tinha visto...tudo Tugas, claro! Malta mto fixe! Até já me sinto emigrante!
Os ingleses são cómicos, e as mulheres com 130 kilos, continuam a encher o prato de pizzas e pastas, apesar de já terem ingerido calorias que lhes chegássem prá vida toda...de morrer!
Vou dando novidades, e espero recuperar em breve a inspiração literária...
Mts beijos a todos os que amo, e aos que n amo ou amo sem saber, beijos tb.

sábado, 12 de maio de 2007

Contas à vida...

Malas feitas, tudo à porta, pronta para partir.

Amanhã os últimos detalhes, as últimas despedidas...apetecia-me ir a Lisboa à Mouraria e despedir-me da Rua da Palma onde nasci e gritar à minha cidade do fado que a amo de paixão. Vou voltar Lisboa! Vou voltar a cantar o fado ctg...e sempre que em terras de Sua Majestade vir passar um electrico na Tv vou chorar por ti, e qdo vir um pombo (se lá houver, sei que há corvos, pombos n sei...) vou recordar as vezes que fui dar milho aos pombos na Praça da Figueira...com o meu avô pla mão e levo os meus fados todos cmg, e as velhinhas do V. Espadinha pra "recordar e viver" tudo o que fui estes 30 anos (Vinte e dez!).

O entusiasmo tb existe, apesar de ter estado mais melancólica do que outra coisa, enquanto tirava das prateleiras a que limpei o pó milhares de vezes os meus livros, os meus CDs, os brinquedos dos meus filhos, as fotografias...Deixei só uma aqui na parede da sala, pq sinto que pertence à casa: a do casamento dos meus pais, com os meus 4 avós ao lado...a foto é a preto e branco, naturalmente, na moldura original, com 35 anos, dourada e com revelos...linda e cheia de significado. Aquelas 6 almas são a minha raíz, a minha origem...sempre q a olho, perco-me no olhar do meu avô, o meu 1º grande amor...a pessoa de que tive saudades mais vezes na minha vida. N passa um dia sem te ame avô! Nem um! Tenho tantas saudades, tantas que ainda me dói o peito, cm se tivesses partido ontem...e ja passaram 20 anos desde que te perdi! Saudades da tua mão grande na minha, qdo me ías buscar à escola e me levavas à Gatuxa a comer um pastel de nata, ou então qdo ía ctg ao Ribatejano comer um prego naqueles bancos de balcão tão altos que tinhas de me levantar ao colo pra me sentares neles...ao qdo íamos com os meus pais ao Ramiro comer umas gambas gordas que descascavas pra mim...(mto comíamos nós!). De ti tenho a saudade, o amor tão intenso cm se estivesses vivo, o cheiro da tua pele no meu nariz...todas as historias que me contaste, as prendas que me deste qdo passei para a 2ª classe e me fizeste sentir uma princesa, a imagem nitída dos teus olhos verdes e amarelos tão parecidos com os da mãe...e tenho os caracois em que se transformaram de desgosto, no dia em que partiste, os meus cabelos outrora lisos, e q deste que foste embora me enfeitam a cabeça, cm se a revolta pla tua partida os tivesse alvoraçado para sempre...No fundo avô és um simbolo de tudo o que deixo pra trás...a minha cidade, a minha família. Vou sobreviver, cm sobrevivi qdo deixaste de esperar por mim no fim das aulas, mas n sem dor...

Vou vindo escrevinhar, até pq será uma maneira de tb me sentir proxima de tudo o que agora deixo...pareço dramática até a mim, mas isto depois passa, até porque quem me importa vai importar-me sempre!

De resto e como nunca antes, Aqui vou eu!

No proximo post, venho a falar inglês!

Ai Mouraria...


terça-feira, 8 de maio de 2007

Água...

Luz natural perfeita...

Olhares profundos acompanhavam o deslizar da água nas peles quentes...Pequenos mimos intervalavam o partilhar da esponja que tinha de dar pra dois. Risos. Beijos. Abraços sob o calor da água que enovoava o recinto e escondia o amor perfeito. A água a cair lavava o desejo, mantinha a magia, e camuflava os gemidos de saudade ainda antes dela chegar, e que se ouvia já na acústica perfeita...

Depois da água, o silêncio! Vai-se cantar o fado! É sempre hora de se ouvir o fado!



Gente da minha terra...pq esteja onde estiver, esta é a minha terra...e é cá q está a minha gente...

sábado, 5 de maio de 2007

Rosa Vermelha...


Era apenas um botão, verde e pouco promissor...vulgar entre tantos outros...Dentro de si, no entanto o potencial da flor que seria qdo crescesse, amadurecesse e desabrochásse...Foi tocada plo sol e abriu...pétalas macias, de um vermelho escuro aveludado e impressionante...deslumbrante oscilava levemente ao sabor da brisa.

Secretamente esta rosa nutria em si um amor...um amor que com o tempo chegou a duvidar que sequer existísse...mas ainda assim recusáva-se a abandoná-lo e continuava a nutri-lo, resiliente...Olhava o céu e pensava nele...acalentáva-o dentro de si, na seiva mais fresca que lhe corria plo caule...esperava por ele...que a visse e que parásse...Se apenas a encontrásse ela já se daria por feliz, e já consideraria que a sua vida teria valido a pena...se tão somente ele a visse...

Um dia porém, sem quase contar com ele, avistou-o e de imediato o reconheceu...Sem pensar, deu o seu melhor! Abriu as pétalas ao máximo da sua capacidade e deixou-se estar, ansiosa e de uma beleza sublime...então exalou o seu melhor perfume para q ele por magia o detectásse e a mirasse, mesmo que apenas por dois segundos...

De passagem ele deteve-se. Todo o seu roseiral estava explendoroso...mas aquela rosa por algum motivo lhe parecia mais viva que todas as outras...era mais vermelha, estava mais aberta...e parecia quase a tenta à sua presença. Baixou os olhos, abanou a cabeça e riu-se da sua própria ideia... Mas o vento, aliado à rosa, quis dar-lhe uma ajuda, e bafejou sobre ela com destreza, e deixou viajar em si o aroma doce e puro da rosa, até o entregar ao nariz do seu amor...

Ébrio com o perfume parou ainda antes de voltar as costas à roseira...e olhou-a com um misto de surpresa com estranheza...Alguma coisa o fez tomar coragem para agir contra o que a razão lhe ditava e estender o braço...e tocou-a. Levou os dedos ao nariz...

A rosa tinha o seu momento de glória! Nunca pensou que a tocásse...e assistiu extasiada ao fechar de olhos demorado do homem que a tinha feio nascer, plantando na terra a semente que lhe dera a origem, a si e a todas as suas irmãs...Num esforço para brilhar ainda mais, enrolou as margens das pétalas o que lhe conferiu a mais rara e indizível beleza. Estava de facto no seu máximo expoente...

N resistindo, aproximou-se dela...para a inspirar profundamente... De repente aquele perfume tinha-o transformado. Desejou aquela rosa como de uma mulher se tratásse... O amor tinha feito a rosa desenvolver feromonas que o tinham hipnotizado, e ele olhava-a atento, enquanto ela brilhava só pra ele... Pensou em colhê-la, mas depois pensou que a queria viva...e deslizou os dedos plo seu caule de veludo e parou junto dum dos seus espinhos...

Ela quase desfalecia de prazer...ele acariciava-a com cuidado, e parecia até que a amava...a vida era bela!
De repente, um calor subito lhe subiu plo caule...Algo que n entendia tinha acontecido...Sentiu-se desfalecer e em simultâneo quis rir...e chorar, e uma onde de prazer percorreu-a inteira, até ao fim de cada pétala macia e vermelha...Nem todo o vento a soprar lhe arrefecia a pele...estava em chamas de felicidade... Q magia era aquela que lhe causara o seu amor?

O homem olhava-a incrédulo, mudo, completamente atónito...Viu o caule crescer diante dos seus olhos, e as pétalas aumentarem substancialmente...toda ela cresceu e se tornou ainda mais magnífica e feliz...Depois olhou o seu dedo ferido do espinho...e interrogou-se: Que força o tinha feito picar-se intencionalmente? E porque a rosa tinha crescido assim de repente? E porque estava ele tão feliz e excitado, como um jovem enamorado e tolo? Sem esperar plas respostas voltou a picar-se...pra cair para trás com o novo ímpeto da rosa, que novamente crescia e estava mais vermelha e bela do que nunca... Não podia haver outra assim...n podia!

A rosa mal repirava de tanto prazer, e contudo sentia-se forte, feliz, realizada para além de todas as expectativas que a sua curta vida lhe teria proporcionado...

O tempo passou, os dias em anos se tranformaram... Ele nunca casou...
Satisfeito com a remodelação que fizera á sua casa, sentiu que finalmente o seu amor tinha o destaque que merecia...As paredes onde a roseira inicial se tinha apoiado para crescer já n existiam...estavam outras constuidas à volta desse espaço, amplas, com boa iluminação a entrar para a manter viva e saudável...a ela, sim, à rosa...Era uma árvore, única no mundo...a única rosa apaixonada, enorme, do tamanho do seu amor por ele...e o seu homem domia junto dela, recostado no seu forte e robusto tronco, embriagado com a sua beleza, como se da primeira vez se tratásse...

As outras rosas cresciam normais à volta dela, como aias à sua majestade...

Pra que se saiba, que n há amores impossíveis!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Diamantes...

Sempre adorei esta música...

Mando-vos a letra pra poderem acompanhar com destaque nas minhas duas estrofes favoritas...

Diamond ring, wear it on your hand
Its gonna tell the world, Im your only man
Diamond ring, diamond ring
Baby, youre my everything, diamond ring

Red, red rose brought it home to you
Blood red rose, tells me that youre true
Red, red rose, blood-red rose
Like a fire inside that grows, blood-red rose

When youre hungry, I will fill you up
When youre thristy, drink out of my loving cup
When youre crying, Ill be the tears for you
Theres nothing that I wouldnt do for you

2x

You know, I bleed every night you sleep
cause I dont know if Im in your dreams
I want to be your everything...

Diamond ring, wear it on your hand
Its gonna tell the world, Im your only man
Diamond ring, diamond ring
Baby, youre my everything, diamond ring
Darling, youre my everything, diamond ring
Now, youve got me on your string... diamond ring

Neste "Acoustic" o John acrescenta "You're my Queen and I'm your King...diamond ring..."...mto retro mas lindo, n é?

Resta-me dizer que há diamantes q n se usam num anel, mas no fundo do peito...e esses, valem mais ainda, e existem mm nos corações dos pobres...pobres mas ricos...

Beijos e diamantes...



Coincidência?



O meu último post tinha um fado...

Há coisas giras...

À noite vejam só o vinho que veio jantar cmg...Óptimo, por sinal...





E depois do bom petisco e do bom copo...e depois de ter tido um dia de descobertas interessantes (há coisas q só encontramos qdo estamos de partida...) adormeci em paz...e parece que alguém me apanhou a dormir em serviço pq eu devia ter estado agarrada ao ferro e a pôr roupa nas malas...
Deixo-vos com a prova do crime!

domingo, 29 de abril de 2007

Fado da minha vida

Nascida e criada na Mouraria até ao início da adolescência, o fado criou profundas raízes em mim...Os que me conhecem lêem-no nas minhas longas saias, nos xailes e no look de século passado.

Deixo-vos um dos meus preferidos: CHUVA de Mariza...arrepio-me de cada vez que o ouço, cm se fosse a 1ª vez...

Prometo que daqui para a frente a musica vai estar no meu tasco...

Beijos

Magical moment...

O jogo das escondidas...o encontrar dos sonhos num momento... Será mesmo real ou sonhei acordada?

O cinema inspira-se na vida real...Já n é preciso ir à Ópera pra se encontrar um bom fantasma...

Ai eu!


The point of No Return



Lyrics
Phantom:
Past the point of no return -
no backward glances:
our games of make belive
are at an end . . .

Past all thought of "if" or "when" -
no use resisting:
abandon thought,
and let the dream descend . . .

What raging fireshall flood the soul?
What rich desire unlocks its door?
What sweet seduction lies before us . . .?
Past the point of no return,
the final threshold, what warm,
unspoken secrets will we learn?
Beyond the point
of no return . . .

Christine:
You have brought me to that moment
where words run dry, to that moment
where speech disappears into silence,
silence . . .

I have come here, hardly knowing
the reason why . . .
In my mind, I've already
imagined our bodies entwining
defenceless and silent -
and now I am here with you:
no second thoughts, I've decided,
decided . . .

Past the point of no return
no going back now:
our passion-play has now, at last,
begun . . .

Past all thought of right or wrong -
one final question:
how long should we two wait, before
we're one . . .?

When will the blood begin to race
the sleeping bud burst into bloom?
When will the flames, at last, consume
us . . .?

Both:
Past the point of no return
the final threshold, the bridge
is crossed, so stand and watch it burn . . .

We've passed the point of no return . . .

Phantom:
Say you'll share with me one
love, one lifetime . . .
Lead me, save me from my solitude . . .

Say you want me with you,
here beside you . . .
Anywhere you go let me go too,
Christine that's all I ask of . . .


E já agora...

Nightwish



Lyrics
Christine:
In sleep he sang to me, in dreams he came,
that voice which calls to me,
and speaks my name.
And do I dream again? For now I find
the phantom of the opera is there
inside my mind.

Phantom:
Sing once again with me our strange duet;
my power over you grows stronger yet.
And though you turn from me to glance behind,
the phantom of the opera is there
inside your mind.

Christine:
Those who have seen your face
draw back in fear.
I am the mask you wear,

Phantom:
it's me they hear.

Christine & Phantom:
Your spirit and my voice in one combined;
the phantom of the opera is there
inside my/your mind.

Voices:
He's there the phantom of the opera.
Beware the phantom of the opera.

Phantom:
In all your fantasies, you always knew
that man and mystery

Christine:
were both in you.

Christine & Phantom:
And in this labyrinth where night is blind,
the Phantom of the opera is here
inside my/your mind.

Phantom:
Sing, my angel of music!

Christine:
He's there the Phantom of the opera!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Ver pra lá do óbvio

P: Cm tás R?

R: Vamos andando, a preparar tudo pra viajarmos daqui a poucos dias...

P: A situação continua complicada, o teu marido já recebeu o q lhe devem na empresa?

R: N, ainda n...

P: Então cm tens feito?

R: O que tinhamos deu pra despesas da casa mas mais nada. A minha mãe tem dado uma ajuda na comida...este mês se n fosse ela n sei...até papas pá menina me trouxe, e as bolachas especiais do míudo, sem açucar...E hj tive dir aviar as receitas à farmácia e deixei lá 65 euros...se n fosse a minha mamã... E tu? Cm têm passado? - perguntou R insuspeita sobre a real situação de P, do marido e da filha de 2 anos, emigrantes da america latina, mas notando-a hoje mais calada do que costume...isso despertou-lhe a atenção

P: Vamos andando...o meu marido ganha 700 a 800 euros e as despesas da casa são de 600 euros...o q ganho dá pá ama da menina...

R: N me digas...pq n me disseste q tavas nessa situação?

P: Pq sabia q tu tavas na mm...afinal vais ser obrigada a mudar de país...e eu sei o q custa ser emigrante... - disse P no seu espanholês...

R: O q tens em casa pa comer? - perguntou R sem cerimónias pq ela tb sabe o q é ter o frigorífico vazio...

P: Leite e água...ah! e a minha patroa q tem uma quinta deu-me hj ovos e alface...

Os olhos de R encheram-se de lágrimas...a menina de 2 anos tem problemas de rins e uma alimentação em condições é fundamental...afinal tb tem um filho doente crónico e só uma mãe dum filho doente entende outra...

R: E a tua filha tem comido bem? - perguntou

P: Ela tem...

R percebeu o q ficou por dizer preso na boca daquela mãe...e disse-o com o olhar...

P respondeu apressada: Mas eu nem tenho fome...com isto td nem consigo comer, e assim o que eu n como ao almoço, dá pró jantarinho dela... - confidenciou P com um ar cúmplice de quem conta a uma amiga um truke para poupar...

R aflita e a sentir na pele aquela dor q já nem doi, abriu a carteira e deu a P a nota de 20 euros q lá tinha

R: Aceita...foi a minha mãe q me deu...esta tarde levou-me tb carne e peixe e papa e bolachas..., n sejas parva, aceita!

P passou do sorriso forçado do "truke" para um chouro convulsivo...R abraçou-a e disse-lhe q n era vergonha nenhuma...vergonha é ter amigos q n ajudam...


Esta história real serve para mostrar que qdo perguntamos a alguém "Então, tudo bem?" devemos de facto esperar pra ouvir a resposta...e estar atentos pra reparar no que n é dito...apanhar as subtilezas da voz, os baixar de olhos, os sorrisos amarelos... E serve tb pra mostrar que mm qdo temos tão pouco há sempre alguém por perto que tem ainda menos...e ainda, que o facto de termos pouco n nos isenta da responsabilidade de ajudar quem precisa...mm que seja só com um sorriso, um ouvido atento ou um ombro amigo. Acima de tudo mostra que há sempre Alguém atento às nossas necessidades e que n permite que nos falte o essencial...e que de uma forma ou de outra mexe com as nossas vidas pa nos fazer cruzar com as vidas de outras pessoas q precisem...Cm diz o outro, "n há coincidências"...
Se por acaso foi usada por Alguém maior, R agradece a honra...


Há momentos que vale a pena marcar na vida. Este foi um que n quero esquecer!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Pausa...

Olá meus amigos!

Tenho estado um cadinho mais ausente e resolvi fazer uma pausasinha neste tema dos amigos...hei-de continuar a falar deles mais para a frente, mas digamos que um epísodio menos lúdico neste mundo das amizades me desmotivou um bocadinho pra falar das mesmas...Mas n, n deixei de acreditar nelas! N é qq vento que derruba uma verdadeira amiga, ok?

Continuo nos preparativos pra partida, perdida mtas vezes, sem saber bem o que fazer 1º, e dou cmg a pensar em detalhes que nunca nos passam pla cabeça...Por exemplo qdo mudamos de casa sabemos que temos de levar TUDO, e que o que n quisermos levar deitamos fora. Agora n é nada assim...tenho de escolher e decidir o q levo e n levo...sim, pq qdo vier aqui a Portugal de férias n quero voltar a trazer a casa às costas, n é?

Enfim, isto n vos intressa nada, pois n?

No fim de semana, rico em cinema, vi umas fitas jeitosas. Gostei mto do "The Holliday" e tb vi o "Night at the Museum" que foi hilariante e recomendo a toda a gente. Visionamentalisei tb o "Shine", um velho clássico pq me apetecia pensar e entregar-me à melancolia...há dias em que precisamos de estar tristes, pra aproveitar pra chorar as nossas mágoas e fechas as nossas feridas. O luto (e o luto n acontece só qdo morre alguém) é importante para o processo de reconstrução de qq pessoa. É por isso que quem n chora ou n se entrega de vez em qdo de forma saudável à tristeza n se reconstrói e n evolui nada...Pena é que nem toda a gente veja isto...

E pra terminar tenho um pedido a fazer-vos! Dois, na verdade! Podem parecer contraditórios, mas na verdade n são.

1º N esperem demasiado das pessoas. Evitam a dor do desapontamento.

2º N se contentem com demasiado pouco das pessoas. Evitam o vazio de dar sem receber nada em troca ou de ceder vezes sem conta, e achar que estão a fazer mto bem. Toda a gente merece algo em troca. Se n exigirmos um mínimo razoável, seremos sempre tratados abaixo disso.

Tenho dito!

Beijos a todos.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Desabafo

Hj n vou falar de amigos...falo amanhã...

Sinto-me a queimar...ardem-me as entranhas, parece q dentro de mim se processa uma metamorfose...uma não isenta de dor...doi-me, corroi-me...apetece-me correr kilometros sem parar...

Espero amanhã estar melhor...mm que kisesse dizer o q sinto n me sai nada...

Será hormonal? Bolas, ser mulher n é fácil! Raios!!!!!!!

terça-feira, 17 de abril de 2007

Cristina

Amiga querida...

Estiveste comigo num dos piores periodos da minha vida...um em que pensei q a dor me iria trucidar o peito até me matar...e contigo vivi em paralelo uma historia de sagrado e de profano, até tomar as rédeas da minha vida e ter finalmente a coragem de me libertar e ser feliz. Estavas lá! Assististe a tudo...foste a única a quem contei os detalhes, foi no teu ombro que chorei milhares de lágrimas, foi perto de ti que morri e ressuscitei vezes sem conta...Nunca terei palavras para agradecer o teu apoio. Nunca teria aguentado sem ti. E desde aí ficámos ligadas para sempre, e basta os meus olhos baterem nos teus pra te reconhecer a ternura e a amizade. Meses depois fui eu a salvar-te a ti, da doença que quase te destruiu, n foi? Mas venceste tb, e libertaste-te dos grilhões que te mantiveram cativa por muito tempo...tempo demais...

Não há um dia em que n pense em ti, em que n me lembre das nossas conversas, em que n me interrogue sobre como estarás, como estarão as tuas meninas, o teu marido, o teu coração...E penso que por mais longe que esteja, nada nunca nos separará, pq a nossa amizade foi forjada pelos fogos mais causticantes da dor e da necessidade de sobreviver...e nada pode arrefecer o elo entre duas moribundas que se safaram juntas contra todas as expectativas. Sim, minha querida, sobrevivemos as duas e cá estamos para contar a história...ou n, lol! Será para sempre só nosso! Ainda hoje carregamos o peso e as marcas do que aconteceu, e ainda hj sofremos por isso todos os dias um bocadinho...a luta diária, as dificuldades por que ainda passamos...tudo por causa do que se passou e que na altura n se soube evitar por se ter sido imprudente apenas o suficiente...
Que pelo menos a lição tenha servido de emenda...

Hoje qdo me procuras e te aconselhas comigo fazes-me sentir importante, e qdo falo contigo falo como que a uma irmã, pq é assim que és pra mim...e acredita que fico sempre a pensar nas coisas e a perguntar-me se fui ou n boa conselheira, se fui dura demais ou se por outro lado devia ter sido mais veemente...ou até em quem sou eu pra que te sintas segura comigo, a ponto de me pedires que te aconselhe ou te dê a minha opinião.

Serás das pessoas de quem mais vou ter saudades...n sei viver sem te ouvir e te sentir por perto, mesmo que n seja nem todos os dias, nem todas as semanas...

Desejo-te tantas coisas boas! Q sejas a melhor mãe...a melhor esposa que conseguires...e que continues resiliente e corajosa, à espera de dias em que todos os males se resolverão de uma vez por todas. Tb espero que tenhas sempre a força para defenderes o que sabes ser certo, mesmo qdo tens de te impor perante quem mto amas. Esses são os mais difíceis de contrariar, aqueles que amamos, mas tb são esses que mais terão a ganhar se escutarem a voz da experiência e aceitarem a sabedoria de quem viveu mais e de quem lhes fala com amor e se aborrece com eles por esse mesmo amor...

Amo-te do fundo do peito, minha amiga, irmã, sei lá! Devia haver uma palavra especial pra te definir...

A ver se arranjas maneira de me ires ver a Swindon. Faz um mealheiro!

Quero-te pra sempre!

domingo, 15 de abril de 2007

Dedicado a um amigo, de coração grande demais...

Toda a gente teve um 1º amor, e nem sempre foi com essa pessoa que fez a sua vida. Na verdade raramente é...Tb já dei cmg em tempos a desejar a condição dos que são "como os anjos no céu", e que n serão "torturados" pela chama do desejo, e cuja condição os libertou para smpre das garras do amor carnal, romântico, terreno...Sabes o que me fez acordar dessa hipnose? O amadurecimento da relação que tenho...a consagração dessa união no companheirismo e cumplicidade que só anos e anos em conjunto, a dormir ali ao lado nos podem conferir, e que afinal n se teve com a outra pessoa...Isso sim tem de facto peso na práctica! É sinónimo de noites sem dormir, quer a fazer amor, quer a cuidar dos filhos qdo adoecem, de conversas intermináveis, de sonhos, projectos, derrotas e vitórias, sempre com a mesma pessoa ao nosso lado! Com o tempo, isso passa a ser o sumo da fruta do amor, a essência do perfume da vida.

Em nada desprimora o nosso 1º amor...mas sem dúvida reduz-lhe a presença de início, e com o tempo até a importância. Só então sentiremos a liberdade e a capacidade de realmente apreciar e valorizar o q temos. É uma pescadinha de rabo na boca no fundo: quem vive connosco ajuda-nos a ir sendo capazes de relevar quem estava antes sem no entanto nos causar amnésia, e em consequência vamos vivendo mais com quem está connosco e amando essa pessoa com um amor mais maduro e tranquilo, e esse amor ajuda no processo de libertação. A causa e o efeito misturam-se...

E depois como disse alguém mesmo as coisas lícitas podem não ser vantajosas. Assim sendo qto mais as ilícitas, right?

Este post foi pa ti, que sabes quem és...Se entretanto a carapuça servir a mais alguém, be my guests e usem-na!

Beijos! Volto aos amigos já a seguir!

sábado, 14 de abril de 2007

The Prestige

Apontamento cinematográfico

Boas a todos!

Interrompo o meu ciclo de postagens a amigos e conhecidos com este apontamento: ontem visionamentalizei (cm diriam os Gato Fedorento) um filme espectacular e que não podia deixar de mencionar aqui: "The Prestige" ou em português, "O terceiro passo". Conta com Hugh Jackman (o Wolverine de X-Men), e Christian Bale (o Batman de "Batman Begins") nos principais papéis e achei brilhante! Gostei tb das interpretações de Scarlet Johansson e especialmente da de Michael Caine que nos habituou ao longo da sua extensa carreira à grande qualidade com que veste os papeis das personagens q encarna. David Bowie tb faz parte deste elenco e desempenha o papel de um misterioso engenheiro que constroi a máquina que confere a um dos mágicos um poder imprevisivel. Só para vos abrir o apetite, a película conta-nos a historia da competição entre dois homens, originalmente amigos, que se dedicam à magia e ao ilusionismo, e que se tornam rivais, tentando sucessivamente ser melhores do que o adversário, usando para isso os mais incríveis recursos que se possa imaginar. Rico, dinâmico e surpreendente, "The prestige" põe-nos a debitar possiveis soluções para o final...e mesmo que acertemos em alguns detalhes, até ao fim somos avassalados com mais e melhores surpresas...
A n perder! Deixo-vos o link no post acima. Basta carregarem no título e vão parar ao site com o trailler do filme. Enjoy!

Entretanto, volto de seguida ao registo dos últimos dias...

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Gossard (nunca percebi este nick...)

Nino...falar de ti...é dificil...pq há tanta coisa pra dizer...

Na verdade, de pouco me lembro da vida sem ti. As nossas mães eram as melhores amigas (a minha mãe foi madrinha do casamento dos teus pais) e por isso, qdo a tua esperava por ti, inda eu era filha unica, uma menininha de 2 anos e meio, era na barriga da tua mãe que me colava a sentir-te mexer, a falar lá pra dentro, pra depois olhar pra cima e ver o cabelo preto dela e o rosto iluminado plo seu sorriso que viria a ser o teu. Sim, és a cara da tua mãe! Lembro-me dela a afagar-me o cabelo, enquanto me aturava empuleirada em cima dela, pra onde quer que fosse... A minha mãe só ficou gravida da minha mana pouco depois de tu nasceres. E depois lembro-me das lágrimas da minha mãe qdo soube que ela estava gravemente doente... E lembro-me de quando ela partiu e te deixou com apenas quatro anos. Digo com certeza, que nunca mais a minha mãe voltou a ter outra amiga assim. E foi cmg q ficaste durante o grave periodo da perda e do vazio, no teu pijaminha castanho de veludo, a dormir agarrado a mim enquanto me sussuravas ao ouvido com os teus grandes olhos "a minha mãe morreu!". Sei que te apertei com as forças que tinha, e se já antes disso te via como um irmão, a partir daí cosi a minha alma à tua para sempre. Tb eu perderia o meu avô querido pouco tempo depois, e lembro-me de pensar "se ele aguentou, eu tb aguento!".

Fomos crescendo, às vezes perto, às vezes longe, mas sempre lá! Depois de uns tempos de afastamento na pré-adolescencia, lembro-me de ter-te visto num ajuntamento de gente ao longe e de chorar por estares tão grande...e de eu n ter visto tu cresceres...parecia eu q era uma grande mulher, lol! E desde aí n voltámos a separar-nos... Entretanto eu namorei e casei e voltei pra morar ao pé de ti, n foi? E ías a minha casa tantas vezes, e passaste a ter uma caneca só pra ti, onde te servia o chá nas noites frias...e comíamos ovos com salsichas, e víamos filmes, e estudávamos juntos, e brincávamos com os meus gatos, ou ficávamos só na conversa...a contar as coisas boas um ao outro, e mais tarde as más tb q começaram a surgir nas nossas vidas...enquanto o João ou nos ouvia pacientemente, ou sucumbia de cansaço e adormecia no sofá ao pé de nós...eras o meu irmão desde a vida toda.

Depois foste embora, estava eu grávida do meu Henrik. Lembro-me de teres vindo a minha casa de bicicleta despedires-te, sem eu saber q era uma despedida...e pouco dps qdo soube da tua partida, quase tive o bebé antes do tempo...e chorei, chorei...e até hj dou cmg entretida a ver a tua foto, a que tiraste no meu casamento, todo gingão e sorridente, de casaco por cima do ombro...ou então a outra, a de ti pequenino na praia, que tenho na carteira há 500 anos, cm uma que tu tens de mim, com 1 ano de idade. Sei de cor o som da tua voz, e ainda te ouço rir. Tenho tantas saudades mano, tantas, tantas!

Às vezes odiei-te, por n teres estado lá, por te teres deixado perder, por n te poder mostrar o meu filho, ou ligar pra ti, ou dar-te um simples chá quente...E interditei o uso da tua caneca até regressares...e perguntava por ti secretamente, e continuava a chamar-te irmão às escondidas...e depois voltei a ter vida a crescer dentro de mim, voltei a culpar-te por n te poder dizer...e a mim por n ter sabido evitar a tua partida...E se por vezes te via ao longe, no teu fato azul de bombazine, impossibilitada de te falar, olhava-te de frente descarada e deixava-te saber tudo com o olhar, e com o peito a pulsar de emoção e da respiração alterada gritava por dentro: "É ele, é ele!"

Podia alongar-me aqui, e dizer-te outra vez tudo o q sabes q deves fazer...e falar-te na raiva q me causas por n te poder esbofetear de vez em quando por causa dessa tua falta de iniciativa tão herdada do teu pai, que é uma jóia de homem mas mto comodista, assim como tu...Podia mto...e podia dizer-te que adorava voltar a apertar-te contra o peito e acolher-te de volta. E digo: Adorava voltar a apertar-te contra o peito e acolher-e de volta, pronto! Vê se te despachas, pá! O tempo urge e escasseia...

Não te quero perder pra sempre...e tu tb n queres. Conheces esta lenga-lenga de cor...

A sério, nino...Hurry back!

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Nem digo o nome...

Sim...n vou dizer o teu nome por respeito à tua família...a família que podia tb ser minha se n a tivesses envenenado contra mim ao longo de todos estes anos.

Tens como grande qualidade o amor que tens pelo meu filho, apesar de lhe chamares carinhosamente "cagão", o que sempre escapou à minha compreensão pq ele deixou as fraldas bastante cedo e pq cá em casa n se usa essa linguagem...e o provébio "quem meus filhos beija, minha boca adoça" até se podia ter aplicado se n tivesses sucessivamente e com o passar do tempo minado e deturpado todas as minhas tentativas de aproximação, todas as vezes em que tentei demonstrar q me queria dar ctg, com os teus pais, pra que me aceitássem n como filha, já que isso pra voces seria impensável, mas como esposa do meu marido e mãe dos meus filhos q tb têm o teu sangue, e que por deus q fosse, me respeitassem como tal. Na minha frente sorrias e nas minhas costas sempre falaste mal de mim, sempre questionaste a minha vida, o meu horário de trabalho, as minhas consultas médicas e as minhas idas ao ginásio...Nunca quiseste ver que se ía ao médico é pq estava doente, se ía ao ginásio era pq n suportava as dores no corpo da fibromialgia, q aposto q até hj n sabes ainda pronunciar...Se ía ao médico particular em vez de à médica de família a quem lambem os sapatos estava a gastar o dinheiro ao meu marido, e tinha a mania das grandezas pq insistia em ser observada por um obstetra em vez de pla médica da caixa. Viraste a tua mãe contra mim desde sempre, e a nossa dificuldade no trato intensificou-se qdo a tua filha se tornou na peste q é, por culpa tua, pq lhe permites todas as más educações e lhe satisfazes todos os caprichos, e qdo eu, q n tinha nada a ver com isso até isso atingir o meu filho, e esta parte é fulcral, comecei a não conseguir calar-me perante a gritante diferença no trato entre netos, entre os filhos de dois irmãos...Ja pra n falar em todas as alturas em que precisei que me ficassem com o miudo e me disseram q n, pq tinham de ficar c a tua filha pra tu poderes limpar a casa!!! De facto os pais até n limpam a casa com os filhos lá dentro...E qdo eu falo, chamam-me respondona e agressiva, simplesmente pq n conseguem ouvir as verdades e conviver com os vossos erros, quando eu passei anos a ouvir e calar até me passar e finalmente dizer qq coisa. Detesto qdo falam pró meu filho como se eu n estivésse presente "pois, a tua mãe vestiu-te esta camisola..." ou "pois a tua mãe congela-te a sopa...", quando me esforço em tudo pra ser a melhor mãe...e lidar c a diabetes do miudo n é de todo fácil...culpo-te por nunca ter podido ter oportunidade de mostrar à minha sogra como realmente sou. Podiamos ter-nos dado bem...mas com o tempo aprendi q a distância me protegia de sofrer por não vos conseguir agradar, e ja que tinha a fama, passei a ter o proveito e a n calar mais nada...

Tiro-te no entanto o chapeu plo bom trabalho que fizeste com o teu marido. Valha-lhe tb o seu bom fundo. Pena a miúda n ter herdado mais genes do pai...

Agradeço-te as vezes que atendeste os pedidos do Joao em vires pôr-me a casa, ou as vezes em que me troxeste de carro, qdo eu estava grávida e levava o míudo e os sacos pla mão qdo chovia ou fazia mto calor. Agradeço teres vindo trazer-me as chaves q tens da minha casa qdo cheguei à porta com o miudo e vi que me tinha esquecido delas. Agradeço as 5 vezes que viste a minha filha desde q ela nasceu, e a roupa que já n servia á tua filha e que nos deu de facto mto jeito. Obrigada tb plas vezes em que indo ao centro de saude me marcaste consultas pos miudos ou pediste medicamentos. Agradeço qdo telefonas a falar com o menino ou qdo ligas pa saber se está melhor...e agradeço todas as vezes que deste de comer à boca do Henrike...

Lamento a tua reacção de quando soubeste que tinhamos e ir embora. N apoiaste o meu marido, a quem nunca perdoaste o facto de ser mais meu do que teu...ele sofreu horrores pra vos dizer e a reacção foi a que se sabe. Que falta de empatia! Sei que ao longo da vossa infância a vossa mãe se matou e desdobrou pra vos dar o melhor...mas eu n tenho de viver com uma sardinha pa cinco, so pq ela viveu e n morreu., e n admito que nos recriminem por querer ter uma vida sem contar tostoes...só preciso do suficiente, e nem isso temos agora, e n foi c a vossa ajuda q sobrevivemos estes últimos e difíceis tempos.

Adorava ter podido deixar só palavras boas pra ti neste espaço, mas n posso. Sabes bem que mentiste, deturpaste, conjecturaste a meu respeito. N faz parte da minha personalidade a hipocrisia, embora pudesse ser pra ti cm és pra mim, mas n me apetece...

Nem me preocupo mais em provar-te seja o que for, mas este é o meu espaço e já q estou numa de dizer o que me vai na alma, aqui está...

Ai, in laws!

Blue Light

Querido amigo...

Só tu e o João e mais ninguém sabes o qto significas para mim! Desde há tanto tempo, bolas! O apoio incondicional, desde as alturas boas, aos momentos mais horríficos da minha vida de que poucos além de ti têm conhecimento, todos os dias te sinto perto, com um afago plo telefone, um mail ou um smiley...amo-te com o verdadeiro amor agápe, amor esse que tomou tantas vezes conta de mim e me protegeu...houve alturas em que senti que só te tinha a ti e ao João...e apesar de sempre nos terem tentado corromper a amizade, atribuindo-nos outros intuitos, tu e eu conhecemos a pureza dela, da amizade, e foi por isso que contra tudo e contra todos e por portas e travessas sempre fomos capazes de a manter e alimentar, e n há distância que nos separe! Viva o meu querido e adorado marido que sempre foi o nosso guru protector, que acreditou em nós e nos ajudou a proteger esta amizade sagrada!

É mto dificil definir-te sem que o uso de meras palavras te desprestigie...sim, pq pra ti as palavras n chegam, pra agradecer toda a força e puxões de orelhas que me deste, todos os ouvidos, todas as queixinhas...o aturar das crises todas existenciais q tive e n tive...qdo chorei por causa do meu pai, da minha mãe, do meu filho...Bolas, foste sempre uma âncora, e acho q teria mm podido naufragar sem a segurança que me foste dando ao longo dos anos...ora punhas água na fervura, ora me deixavas gritar e barafustar até me cansar e ficar sem forças, sem nunca reclamares...sem jamais te fartares de mim...pasmou-me mtas vezes a tua resiliência, qdo eu por vezes te afastava por n querer ninguém à volta, sim, nem mesmo a ti. Deixavas-te bater, sem te moveres um milímetro...Realmente, tu conheces os meus defeitos mais enraízados, as minhas falhas mais intrínsecas, as que tento banir todos os dias, o meu lado negro, os bichos mais feios que moram cá dentro, as demências e as torturas...e nunca te assustaste, nunca te foste embora. Mesmo qdo todos achavam q eu era o máximo e tu sabias q não, nunca partiste...

Por isso e por tudo o resto, obgda, meu anjo azul! Qdo entraste na minha vida pela 1ª vez deste-lhe a 1ª pincelada de azul, e desde esse dia tens vindo a pintalgá-la, a colori-la, mesmo qdo se passam meses e meses desde a última vez em que te vi...todos os dias me aparece um vestigio de ti...quase cm um dos meus medicamentos pra me tirar a dores...e és mais eficaz que qualquer analgésico.

Não posso dizer mais nada a ti, excepto o que te vou dizendo todos os dias. Lembrei-me agora de que qdo avisei q nos íamos embora reagiste da melhor maneira...limitaste-te a ficar feliz por nós. Afinal nós nem nos vemos e continuaremos a falar plos meios de sempre...vamos querer partilhar contigo as novidades e as dores e as vitórias que porventura venhamos a enfrentar. Especialmente contigo! Mto dificilmente poderás ir até lá e ficar hospedado em nossa casa como todos os outros, embora se o pudesses fazer fosses recebido como um membro da família.

Beijinhos pra ti, princípe! Sempre muitos!

Foi você que pediu...Pitó?

Amigo! És o 1º de quem vou falar, e portanto vai ser ctg q vou estruturar o que vou dizer...

Gosto mto de ti! Fiquei mto feliz por descobrir que, passados estes 5 ou 6 anos de afastamento, a nossa amizade se manteve, e se estreitou, mto embora qdo nos tivessemos afastado o ambiente entre nós não tivesse ficado mto saudável, plas razões que ambos bem conhecemos. É a tal cena da protecção do clã, sabes como é...De qualquer forma, esclarecidas as coisas, e dito tudo o que nos incomodava cá dentro, mesmo sem o admitirmos, a amizade que ficou apenas pendente, voltou a aquecer, e a florescer a ponto de descobrirmos que afinal só nos passámos a conhecer verdadeiramente bem agora. E atrás dessa reaproximação vieram as coisas mais giras, o convívio com os nossos conjuges, a tua interacção com os meus filhos e o cuidado e interesse que mostraste para com eles, os jantares nas casas uns dos outros, os folhadinhos e os bolos ao almoço seguidos dum nespresso em cima do joelho, entre biberons e interrupções sucessivas dos putos que me rodeiam...

Estiveste quase quase a ser meu cunhado, mas n o sendo, continuaste a ser meu amigo, um daqueles a quem posso dizer coisas que nem toda a gente percebe, e cm até já te disse, e talvez por te continuar a ver como parente, às vezes esqueço-me de que és homem e dou por isso qdo me apercebo da descontracção com que te apareço na minha forma mais descontraída, sem adereços nem preocupações de impressionar...pq és como um primo desde sempre pra mim. Isso vê-se até nas piadas, nas coisas de que nos rimos, na maneira como relevamos e brincamos com as gafes um do outro, como nos damos na cabeça qdo o outro precisa e merece, pla forma como cobrimos each others backs no meio duma conversa onde há mais gente...parece q passámos férias juntos na infância e tudo, n é?

O teu apoio e interesse em tudo o que tem antecedido esta nossa decisão e viagem tb me ficou cá marcado. Em mim e no João. Ele tb passou a apreciar-te duma forma que antes não acontecia e dá-me um imenso gosto ver isso. Conto ctg e com a Mela como nossos convidados em Swindon, tantas vezes quantas puderem! Sobre ela, venho por este meio parabenizar-te pla escolha! Grande mulher a tua! Gosto dela. Genuína, verdadeira, sem subterfúgios, integra, determinada, ponderada, consciente e mto, mto bonita! Dou cmg a imaginar-vos papás...que belos bebés que voces dois podem ter!

Nunca deixes de ser quem és. As tuas inquietudes são-me familiares, duma maneira q só tu sabes q eu sei...mas sei tb q dentro de ti jaz a força pra viver e ser feliz, apostando no potencial que tens e que te circunda, em aproveitares ao máximo as coisas boas pra te dares bem, pra encontrares a paz de que falamos às vezes, e que parece fugir aos espíritos inquietos como os nossos.

Pra sempre amiga de ti!

Parêntesis!

Olá aos meus leitores! Preparem-se pq hj terá início a maratona de postagens a amigos...para q saibam o q me importam, ou n...lol.

A ordem é aleatória, à excepção do primeiro caso, q foi a pedido!

Para n haver duvidas vou usar os nomes das pessoas como título dos posts, com o cuidado de conservar os nicks de quem os utiliza, pra preservar a identidade...lol

Só pa esclarecer...vou dizer o q sinto...se n gostarem, podem dizer, sintam-se à vontade...

Beijos!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Ponderação

Olá a todos...ontem foi um dia terrível pra mim...doía-me o peito de tanta ansiedade... Hoje sinto-me mais forte, mais lúcida, mais capaz... Isto tudo n tem sido fácil de gerir, nem de orientar...sobretudo dentro da cabeça, mas isso já eu vos disse. Entretanto e apesar de uma mudança de país n ter de ser uma despedida, até porque teremos sempre a internet, sinto uma imensa vontade de dizer algumas coisas a algumas pessoas... e acho que vou fazê-lo e usar este espaço para isso. Assim todos podem ver o q sinto por eles...e ficar tb a conhecer-me melhor, sem no entanto me expor demasiado... Vou começar dentro em breve!

Alguém quer ser o 1º?

terça-feira, 10 de abril de 2007

Ansiedade...

Olá a todos! Estamos em plenos preparativos para a viagem do próximo mês. Meus amigos, isto de mudar de país tem mto q se lhe diga! Não tanto em termos de burocracias, pq nessas coisas os nossos amigos britânicos são mto mais simples do que nós, mas em termos emocionais...Nós portugueses somos sempre mto agarrados a tudo, mto sofredores, mto indecisos quanto ao que se leva e ao que se deixa, mto pouco sintéticos (eu falo por mim e pla minha família...) no fazer das malas...e pensamos sempre "o melhor é tb levar isto, pode fazer lá falta...ah! e isto, n posso cá deixar isto..." e desde as cuecas ao album de fotografias do casamento ocorre-nos tudo...e diga-se q é mto duro ter de nos separar de pessoas e até de objectos que nos rodeiam todos os dias e a que, talvez por isso mesmo, n damos a importância q depois achamos q têm...

Mas a vida tem prioridades e às vezes estas obrigam-nos a tomar decisões deste tipo...n para enriquecer, mas simplesmente para manter a dignidade na vida. E se é dificil de suportar o desemprego, mais frustrante ainda é ver o nosso homem a sair todos os dias pa trabalhar sem receber um tostão...e os miudos n páram de crescer e de precisar de coisas...e ninguém vive de copos de água...e até a água se paga, né?

A novidade boa é q lá os trabalhos surgem tão facilmente q as pessoas n se preocupam mto em procurá-los, embora nós estejamos dispostos a procurar afincadamente. A minha família lá assegura-nos de que n vai haver nenhuma dificuldade, q tão sempre a aparecer coisas todos os dias...e ja temos uma casinha à nossa espera...uma vivendazinha com 3 quartos e sala, mobilada e com jardim...lá é tudo verde e as casas n têm mais q dois andares...E dps a Raínha ajuda os casais c filhos com benefícios sociais totalmente desconhecidos aos governantes deste nosso Portugal...e lá ninguém penaliza uma mulher se esta apresentar no seu curriculum um intervalo de dois ou três anos pq esteve a cuidar dos filhos. Lá valoriza-se a maternidade, e recebe-se dinheiro por ela...e qdo falo de dinheiro n me refiro aos ridículos e míseros 29.25 €/mês q se recebe aqui por um filho...é q n há palavras! O que eu n faço com 29.25€! Sabem lá vocês! Dá pa água luz, comida e roupa pa criança, sem contar com as despesas de farmácia e médicos...e inda sobra! Por favor! Admite-se q uma criança com quase 6 meses n tenha recebido ainda o abono? Qdo se casar a mãe faz-lhe a boda com o abono e retroactivos, n?

Agora por dentro: estou mto ansiosa...tenho aquela sensação q só as mulheres conhecem de quando se viu numa revista um corte de cabelo super giro e nunca mais se arranja tempo (às vezes n é só tempo...) pa ir ao cabeleireiro...e enquanto n vamos, em casa lavamos o cabelo e pensamos "tenho aqui isto a mais". Sinto-me a mais aqui já...quero ir depressa embora, quebrar este gelo que nos separa da nova vida q nos espera, e acabar de vez c esta dor no peito e com as noites em que n adormeço a pensar no que me falta fazer e no que n me posso esquecer de levar e de comprar e de dizer às pessoas...na volta depois arranjo outra dor no peito, a dor da saudade, da vontade de ver as pessoas q amo e q aqui deixo, mas isso, meus amigos resolve-se c uma hora e meia de vôo até lá...e cm temos quarto de hóspedes (ó pra mim tão in!), a malta tem onde ficar...Assim os amigos q aqui me lêem já têm sítio onde passar as férias...

Há pessoas q me corta o coração deixar para trás, e elas sabem todas quem são...

Amo-vos!

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Away...

Pois é, o meu tasco tem estado ao abandono, mas vou explicar agora porquê...

A vida por aqui complicou-se...o emprego do pai está por um fio devido à fantástica economia nacional em que as empresas fazem fila para declarar falência...e olha, tocou-nos a nós tb!

De modos que a malta esteve em negociações, a tentar oportunidades daqui e dali, plo q a disponibilidade e vontade pra actualizar o blog eram nenhumas...e concluímos que vamos fazer a nossa vida pra outro sitio, pra terras de Sua Majestade...e vamos deixar o nosso Portugal e emigrar pra Inglaterra, pra Swindon mais precisamente! Vamos em busca duma vida melhor, não queremos enriquecer só ter o suficiente...pra dar aos meus meninos uma vida melhor...Vão ficar bilingues num instante! Já temos planos e ajuda por lá...

Vou actualizando o blog daqui pa frente...

Beijinhos e torçam por nós!

quarta-feira, 21 de março de 2007

Mais uma prova!

Os homens, esses seres simples e práticos...

Encontrei isto que n podia deixar de partilhar...as diferenças entre homens e mulheres continuam a aparecer...é inquestionável!


"COMO SATISFAZER UMA MULHER

Acaricie, massageie, cante, suporte, alimente, dê banho, ria, estimule, console, abrace, excite, pacifique, proteja, ligue, corresponda, antecipe, perdoe, sacrifique-se, deixe, volte,
divirta, mostre charme, mostre igualdade, fascine, respeite, implore, ignore, defenda, faça planos, conserte, enfatize, faça serenata, cumprimente, agrade, dengue, se banhe, se barbeie, se perfume, elogie, acredite, santifique, ajude, reconheça, seja educado, atualize-se, aceite, peça, escute, entenda, leve, acalme, mate por ela, morra por ela, sonhe com ela, prometa, entregue, se comprometa, eleve, alivie, sirva, salve, prove, agradeça, dance, olhe, escove, seque, dobre, lave, passe, guarde, idolatre, ajoelhe, volte ao começo e faça tudo de novo.

COMO SATISFAZER UM HOMEM

Apareça nua. "

Post(ad)o isto, n me ocorre gde coisa...

quarta-feira, 14 de março de 2007

Geração espontânea!

Oi pessoal!

Desculpem a ausência dos ultimos dias, mas isto cá em casa o trabalho n pára...e eu n tenho propriamente horário de entrada e de saída. Sou a funcionária ideal, 24 horas à disposição da entidade empregadora q neste caso é composta por uma cambada de catraios e uma casa pa tratar...o meu homem, é um desenrascado e n dá trabalho nenhum...por isso, à parte das camisas e dos fatos, n dá mto q fazer...o salário é pago com beijinhos, abraços e fraldas sujas, jantarinhos do chefe marido que tem Aquela veia pá cozinha, e o resto que vem do maridinho já n é salário, é mm dádiva! Xi, é só love!

Vim desabafar com vocês sobre um assunto. Um tema frequentemente desprezado pla suposta banalidade, mas que a mim pá, anda a consumir-me as entranhas: a porcaria da roupa! Voces acreditam que n consigo parar de ter roupa pa passar e lavar e estender e dobrar e separar por cores, a mai n sei q?
Cheguei à conclusão que o Charles Darwin e os amigos dele que formularam a teoria da evolução n eram de certeza donos de casa...senão vejamos: a roupa aparece espontaneamente nas gavetas ou pensurada nos cabides? Aparece? Não aparece!! E qtas células vivas tem uma camisa, um par de calças, vá lá, uns boxers? Além das células das bactérias que nos saem do corpinho que a roupa contém antes de ser lavada, n há vida na roupa, pois n? Ah... Então agora um silogismo simples: Se a roupa q n tem vida n aparece sozinha nas gavetas sem que tenha de haver uma mona a separá-la, lavá-la, estendê-la, recolhê-la, dobrá-la, passá-la a ferro e por fim devolvê-la ao gavetame respectivo, ela n nasce lá sozinha, certo? Então por que carga de água há um gajo ter decidido que por haver várias espécies de tentilhões (pra quem n sabe são aves marinhas) a viver nas Ilhas Galápagos isso era por si só a prova da evolução de um ancestral comum que tinha aparecido lá espontaneamente? De um ancestral comum todos havemos de ter aparecido concerteza, todos viemos de alguém, o que andando pra trás no tempo nos remeterá concerteza a uma 1ª família...agora daí a que a família tivesse aparecido por acaso...! Ó meus amigos nem as T-Shirts fazem proezas dessas e são objectos, sim, n são sequer organismos, simples, sem gde complexidade, a menos, é claro, que sejam da Sacoor ou da Gant, passo a publicidade... Então e as pessoas e os bichinhos era mais provável que aparecessem sozinhos, era? Cheguei à conclusão que é preciso ter mais fé pa acreditar na evolução do que noutra explicação qq...

Ainda em relação à geração espontânea, há outro problema que gostaria de abordar aqui, com especial incidência nos meus leitores do sexo masculino: meus amigos, a geração espontânea tb n se verifica no caso dos rolos de papel higiénico vazios! N se verifica! Logo, aquando da ocasião em que se aproxima o fim do rolo, (e n conta deixarem lá 2 folhinhas coladas só pa inglês ver), recordem-se por favor de que a proxima pessoa a utilizar a WC, e q geralmente é uma mulher, irá concerteza necessitar de ter o papel no local apropriado para o efeito, ok? Prometem q se vão esforçar? Para terem noção de cm é importante este pequeno gesto, meditem nisto: as mulheres usam mto mais papel higiénico q os homens...usam-no pra tudo, até pa apanhar do chão os desperdícios genético pilosos (i.é. pelos corporais) dos maridos que para o chão se dirigem animadamente, enquanto eles esfregam no corpo molhado e cheio de testosterona em forma de pelos, o toalhão de banho...e quem apanha? A mulher! Com quê? Com papel higiénico! Aproveitamos o papel tb pra limpar o espelho da WC dos salpicos de água que lá ficam de qdo os nossos homens fazem a barba, ou ainda nos casos realmente dramáticos, pa limpar a célebre e assustadora pinga amarela que os gajos deixam ficar estratégicamente em cima do aro da sanita (agora ouvia-se aquela música aguda e repetitiva do "Psico"!)...Amigas, se tiverem filhos de 4 anos e do género, olhem sempre, antes de se sentarem!!! Posto isto, e dado que mais de metade das utilizações do papel higiénico plas mulheres se devem às necessidades criadas plos homens, é justo e mais que justo q tb se lembrem de repor o respectivo...n doi, e ele n flutua até ao rolo sózinho, e já vimos que n nasce lá...

Pronto já desabafei...estes assuntos, embora banais, são de facto importantes e contribuem em mto pra harmonia no lar, n concordam?

Volto assim q puder com mais escritos de trazer por casa...

quinta-feira, 8 de março de 2007

Origamis...ou isso!

Deixo a garça em Origami aqui pra voces. Fui eu que fiz!!! Aprendi de propósito pra completar o meu post de há dois dias, entitulado "Mil vozes, uma verdade...". Isto agora na net a malta aprende tudo! Havia lá um videozinho providencial com uma senhora de bonitas mãos, e unhas arranjadas a exemplificar como se faz a garça, ou originalmente chamada "tsuru". Anyway, os tsurus são um pássaro japonês de gde importância e por isso se tornou o 1º simbolo vivo a ser transformado e imortalizado no papel...e foi a 1ºa figura a ser 'origamizada'. Atribuem-lhe conotações com a esperança e a paz, e até com a saúde e a sorte...os orientais têm destas coisas... Por curiosidade o nome desta arte, o origami, tem como conceito básico as palavras Ori (dobrar) e Gami (papel). Básico, de facto...já n tão básico é fazer os tais tsurus...dei tantas voltas ao papel que pa fazer outro n sei se n tenho de levar outra vez com a brasileira de mãos bonitas...(Sim, era brasileira! É o que eu digo, elas andem aí! Estão em todo o lado, as malvadas, exibindo suas havaianas mesmo no pico do Inverno! Amigas, put yorselves at stick!...pra quem n fala inglês, "ponham-se a pau"!)

Eu por mim fiz a garça de papel pq a associei, cm vos disse, à protecção da família...inspirada no Prison Break...mas gde gafe, percebi mais tarde que o belíssimo Michael Scofield faz é cisnes...(parece q n tava lá com mta atenção ao raio dos cisnes, n é?) e que são os cisnes que simbolizam a protecção à familia...e cm n gosto de fazer figura de parva decidi transformar o engano num desafio e aprender a fazer tb o cisne...e aprendi!

Aqui vai tb...

Isto até é giro e com o tempo (mto tempo!) imagino que seja de facto possível ter jeito pa isto...lol

Beijos

Garça ou Tsuru...


O Cisne...at last!



Ahá! Este n trazia vídeo, mas cm querer é poder, aqui o têm!

Agora uns recados:

1º Mana: este é pra ti!

2º Micky Scofield: n te importas q te trate por Micky, pois n? Desculpa lá, pa proxima vou tentar concentrar-me mais! Esses olhos verdes são, vá lá, digamos q hipnotizantes...

3º mas n menos importante: Amor meu, n tenhas ciúmes do Micky, é um sentimento meramente platónico, cm aquele q me liga ao Brad...o Pitt, ok? Na realidade, só tenho olhos pa ti! Além disso, é na tua mesa de cabeceira que está o meu cisne...e a protecção da família senti-la-ei qdo me abraçares na cama...mais protegida é impossivel! (Mais giro, é q acabando de escrever isto, e ainda antes q possas lê-lo, estarei nos teus braços quentinhos e fortes...espero q os dentes da Let n nos estraguem o romance, lol! Amanhã qdo leres tudo, já me 'agradeceste' plo cisninho...)

4º toda a gente: Esqueçam os 3 pontos acima, já q n vos eram destinados, ok? Dúvidas, há?

A garça e o cisne, amigos!



Pu-los um ao lado do outro pra vos dar a noção dos tamanhos finais. Foram ambos feitos a partir de um quadrado de papel de 15 cm de aresta. E ao pé um do outro n parece, pois n?

terça-feira, 6 de março de 2007

O único ódio que vem do amor...

Olá meus amigos! Pois é...há um ódio que vem do amor...Parece incoerente, n é? Eu sei... Podem pensar que falo do ódio que venha dum romance que acabou mal, ou que ficou mal acabado (são coisas diferentes), mas n. N é nada desse género, até pq esse ódio se existir veio dum sentimento que n era amor...ou resulta duma traição ou desgosto, e portanto n do amor, n directamente. Mas o tema que vos trago hj sim, descende directa e exclusivamente do amor...e além disso, mais tarde, se quem o sentir porventura alcançar o equilíbrio, este ódio regressa ao amor, e volta a fundir-se nele e a reagir com ele, como uma mistura que a principio parece imiscível, mas que por fim se torna homogénea e quente...e por incrível que pareça é o espírito de gratidão e admiração que torna este dois sentimentos oponentes em apenas amor...sim, pq o amor é sempre o maior e q absorve, aquele que prevalece. Lamentavelmente, e contra mim falaria até há bem pouco tempo (lembram-se do meu post sobre os problemas da sociedade derivarem dos traumas paternos?), muitos n vêm a descobrir isto no 'tempo útil de uma vida', como diria alguém, e perecem sem descobrir esta verdadeira glória.

Mas chega deste prólogo, que já vai extenso, e passemos àquela que é de facto a questão fundamental. Encarem este texto como um adiantamento do que viriam, ou n, a descobrir. É um presente de mim para vocês.

O único odio que deriva do amor, é o ódio de um filho. Estranho? Eu explico. Deriva do amor dum pai, ou duma mãe. E porquê? Porque muitas vezes na nossa vida, os nossos pais nos contrariam, nos impedem de atingir o que julgamos ser sonhos, nos privam de estar com quem nos faz sentir bem, nos dizem inúmeras vezes q n...e mtas vezes o unico argumento (se calhar o único que nós conseguimos ouvir) é:
"Pq eu quero, pq eu mando em ti, pq eu penso que é melhor, pq eu te posso obrigar, pq se n fizeres cm eu quero eu castigo-te nisto e naquilo (o que nos fazia explodir ainda mais de raiva), pq tu és um imbecil que n vês o que é melhor pra ti...pq não e pronto!"
E lá ficávamos nós a pensar do nosso pai ou da nossa mãe:
"Isto n é justo, eu nem tenho direito a expressar-me, parece ele ou ela que é um gde exemplo pa me tar a exigir isto ou a proibir aquilo, pq ele ou ela me vão fazer infeliz, miserável, pq vou perder os meus amigos, o meu amor, a aceitação de quem me importa...pq vou ficar triste e infeliz, pq já sei mto bem o que quero para mim e o que me vai ou n fazer feliz, pq esta é a minha vida e eu tenho direito de me tornar cm eu quero ser...como pode o meu pai ou a minha mãe fazer-me isto? E diz ele ou ela que gosta de mim?"
E já n falo das frustrações filiais dos primeiros anos de vida, em que éramos obrigados a comer as verduras que odiávamos e a sopa horrorosa, e a beber mto leite, e a n comer doces qdo queríamos...agora que somos gdes todos nós percebemos os porquês destas exigências, mas se calhar inda há mtas que n percebemos até hj...

Agora vem a parte importante: Quão grande tem de ser o amor dum pai que contraria o filho para bem dele, sem que este consiga entender que é para o seu bem, sujeitando-se assim a que o filho o odeie, o deteste, lhe guarde rancor...durante dias, semanas, meses ou anos...? O quê, senão o amor, pode dar força a um pai pra ser capaz de inflingir ao seu filho a dor de o contrariar, de o proíbir, de lhe exigir coisas contra a sua vontade, de n lhe explicar o que ele ainda n consegue ouvir ou é capaz de entender, sabendo que provavelmente o filho o odiará por isso e que levará um longo tempo de vida, até atingir que o que movia o pai ou a mãe em todos os seus "maléficos" actos incompreensíveis era algo que afinal era imensuravel, tão grande q se tornava invisível?

Perceberam onde queria chegar?

Um dia ouvi do meu irritado pai com a mais autoritária voz que possam imaginar dele (os que o conhecem sabem q poder mto, mas mm mto autoritário), esta frase inolvidável para mim: "No que depender de mim, hás-de ser feliz, quer queiras, quer não!". Eu tinha aí 20 anos e tinhamos tido uma discussão do pior...na altura fiquei efectivamente a odiá-lo, a achar q n iria jamais perceber que sádico prazer era o dele pra querer impedir-me de chegar onde queria, qdo aparentemente tudo n passava duma questão de ponto de vista...Esta foi uma de mil discussões. E mm qdo mais tarde ele mostrou estar mais q certo sobre o assunto em questão, mm aí eu pensei "Vá lá! Teve sorte e acertou...agora deve tar a achar que nunca se engana e ainda fica mais com a mania de que é profeta!". Agora sei q n foi sorte...foi sabedoria...foi o ser capaz de ver claramente e à distancia o que eu jurava a pé juntos q n podia acontecer jamais, e aconteceu pouco depois. Eu de facto tinha mesmo a mania! Agora lixo-me pq já ando a papar dilemas destes com o meu puto que inda só tem 4 anos...o melhor é pôr as minhas barbinhas de molho...isto promete! Se ao menos tivésse herdado a genética do pai em vez da minha! Felizmente que agora vejo a luz, e conto c essa vantagem nesta batalha q vai ser dura...

Há umas semanas li um artigo sobre os pais...em que chamavam a todos os pais que impunham regras aos filhos, uns danados, uns malvados, uns tiranos...coitados dos jovens que eram contrariados toda a vida, até por fim respirarem o ar da liberdade de qdo finalmente saíam de casa...e terminava este artigos com a seguinte declaração: "precisam-se de mais 'maus pais'...Há poucos!"

Este amor dos pais, com tão duras manifestações para os filhos q amam, passa por maldade, por rigidez, por falta de capacidade paternal, por desinteresse em relação às necessidades dos filhos...mas é esse duro período de recruta q faz de nós homens e mulheres, q nos ajuda a enfrentar as contrariedades da vida com mais níveis de sucesso q de insucesso, q nos dá o treino e a preparação para a vida, q nos ensina de forma inconsciente a proteger os nossos filhos com todas as forças q temos, mm q isso implique q eles nos odeiem por os amarmos tanto. E tb é esse amor q nos faz acreditar sem sombra de dúvidas q um dia hão-de entender esta verdade suprema, e voltar então pra nós, pra se fundirem connosco em amor, gratos por termos sido capazes de suportar viver sabendo q eles quiseram fugir de nós um dia...E é qdo nos apercebemos disto tudo, deste segredo que ouvimos montes de vezes e não descodificámos, e os nossos filhos tb um dia, que se cumpre a "profecia" dos nosso pai e da nossa mãe, e de nós tb enqto pais: "Um dia vais perceber!"

Acho q isto n me saiu mal...e vocês? Fiquei tão a sentir q encontrei um tesouro que n podia deixar de partilhar!

Comentem se faz favor!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Mil vozes, uma verdade...

Olá meus amigos! Estou de volta finalmente e peço desde já que me desculpem esta longa ausência.

O dia de hj foi um de algumas surpresas...n foi nada cmg directamente mas cm quem n se sente n é filho de boa gente, eu senti-me! Tocaram num dos meus e foi pior que se me tivessem tocado a mim! E se tivesse jeito pa origami, e já agora pa fotografia, fazia já uma garça em papel e espetava-a aqui: o simbolo da protecção...do "whatch out for our own", do cuidado com a família! Só tenho a dizer isto: n se metam cmg, nem com a minha família se têm amor à vida! Ok? Fui clara? Há duvidas? Hã? Hã? Hã? Bem...!

Mana: amo-te! N vou deixar que ninguém te faça mal nem lance sujidade no teu nome! N mereces! És integra, forte, e já tás uma mulher! Nem acredito em cm cresceste...e que és mãe...e que és tão competente com tudo e q mm assim há quem se atreva a tentar fazer-te mal...Mas n enquanto eu estiver por perto... Temos de fazer da Letzinha uma mulher forte cm nós! Ajudas-me?
Cunhado: Foste um homem! Adorei cm a protegeste, cm avançaste sem medo, mesmo contra quem se dizia teu amigo! Tu com um telemóvel ou com uma chavena com ovo e azeite pa por a malta a vomitar és um verdadeiro perigo, hã? (esta da chavena c a mistela só tu e eu é que percebemos...mais os respectivos conjuges, né?).

Continuando e em resumo: defendam o clã! N permitam que nada nem ninguém se intrometa entre voces e as vossas famílias, as vossas pessoas, os vossos iguais! Às vezes tenho mm pena de que n se use até hoje o tecido identificativo do clã, como se fazia antigamente na Escócia. Cada clã tinha o seu padrão de cores e de tecido...e cada membro ostentava esse padrão e ninguém se interpunha entre membros do mesmo clã...era por definição incorruptível, um clã. Se n sabem isto, sei lá, vejam o "Bravehart". Se alguém traísse o seu clã, era devorado vivo plos outros membros ou banido pra longe na melhor das hipóteses! Hj n usamos o tecido nos "kilts"...mas podemos usar um "tecido" emocional e que pode ser igualmente evidente pra quem nos conheça e pra quem n nos conheça...e se o usarmos, ninguém se atreve a meter-se no meio, a menos que esteja disposto a comprar uma briga com o clã inteiro.
Atrevo-me até a estender a defínição de clã. N deve ser só a família, mas tb os amigos do peito, aqueles que nos provaram em anos e anos de amizade que sempre estarão lá pra nós, e nós pra eles! Aqueles amigos que até podem n se dar bem entre si mas que se dão bem connosco, e que por isso protegemos uns dos outros o melhor q sabemos por n veicular intrigas, e por n expor cada um deles ao seu limite. N se deve expor ninguém ao seu limite, e qdo conheceos o limite de um amigo, n o levamos até tão longe, nem deixamos que outros o façam, pra que o amigo n tropece, n caia e se magoe ou magoe alguém no processo...se assim for os laços de amizade podem ser tão fortes cm os do sangue. E os do sangue tb são tão fortes cm são porque somos no fundo amigos da mãe, do pai, da irmã, do cunhado, dos primos e por ai fora..tal cm devemos ser amigos dos amigos, certo?

Lembrei-me agora por graça, de que qdo eu e a minha irmã éramos crianças, a minha mãe comprava fazendas ao metro e mandava costurar saias de diferentes feitíos mas todas com o mesmo tecido, pra ela, pra mim e pra minha mana. E qdo punha a saia dela, fazia questão que pôr a saia igual nas filhas, e depois de pôr um baton, saía orgulhosa com a prole para a rua, linda de morrer com os seus olhos azuis e as botas altas pretas...Tb te adoro mamã! O pai adorava ver-nos assim, todas de igual! Vá lá, nunca te lembraste de comprar mais uns metros pra fazer umas calcinhas a condizer pa ele...lol... Mas lembro-me daqueles casacos verdes alagartados que tricotaste iguais pa todos e que usavamos em casa no inverno! Q família a nossa! Pareciamos uns repteis sem sol!

N preciso alongar-me mais pra perceberem onde quis chegar, recordações de família à parte!

Chiça, tou aki tou a fazer um "Prison Break" só pa mim, lol!

Bjnhs e até amanhã!