quarta-feira, 16 de maio de 2007

Inglaterra...

Só pra actualizar...
Cheguei, tudo é verde e arborizado...vi pássaros q nunca tinha visto, e anuncios sobre veados a escassos kilometros de minha casa...
A casa é girissima e estamos a dar-lhe uma valente limpeza e colocámos novo chão...o jardim fez as delícias dos miúdos, e as minhas, by the way...vou ter de aprender a cortar relva...
Falta o trabalho, mas já há umas coisas em vistas, é preciso é n desistir e manter a força de vontade. Sei estes 1ºs tempos n vão ser fáceis, pq mudar nunca é fácil...mas estou aqui e vou construir tudo devagar com toda a ajuda que tenho recebido, que de amigos, quer de família, e até de amigos da família ue eu nunca tinha visto...tudo Tugas, claro! Malta mto fixe! Até já me sinto emigrante!
Os ingleses são cómicos, e as mulheres com 130 kilos, continuam a encher o prato de pizzas e pastas, apesar de já terem ingerido calorias que lhes chegássem prá vida toda...de morrer!
Vou dando novidades, e espero recuperar em breve a inspiração literária...
Mts beijos a todos os que amo, e aos que n amo ou amo sem saber, beijos tb.

sábado, 12 de maio de 2007

Contas à vida...

Malas feitas, tudo à porta, pronta para partir.

Amanhã os últimos detalhes, as últimas despedidas...apetecia-me ir a Lisboa à Mouraria e despedir-me da Rua da Palma onde nasci e gritar à minha cidade do fado que a amo de paixão. Vou voltar Lisboa! Vou voltar a cantar o fado ctg...e sempre que em terras de Sua Majestade vir passar um electrico na Tv vou chorar por ti, e qdo vir um pombo (se lá houver, sei que há corvos, pombos n sei...) vou recordar as vezes que fui dar milho aos pombos na Praça da Figueira...com o meu avô pla mão e levo os meus fados todos cmg, e as velhinhas do V. Espadinha pra "recordar e viver" tudo o que fui estes 30 anos (Vinte e dez!).

O entusiasmo tb existe, apesar de ter estado mais melancólica do que outra coisa, enquanto tirava das prateleiras a que limpei o pó milhares de vezes os meus livros, os meus CDs, os brinquedos dos meus filhos, as fotografias...Deixei só uma aqui na parede da sala, pq sinto que pertence à casa: a do casamento dos meus pais, com os meus 4 avós ao lado...a foto é a preto e branco, naturalmente, na moldura original, com 35 anos, dourada e com revelos...linda e cheia de significado. Aquelas 6 almas são a minha raíz, a minha origem...sempre q a olho, perco-me no olhar do meu avô, o meu 1º grande amor...a pessoa de que tive saudades mais vezes na minha vida. N passa um dia sem te ame avô! Nem um! Tenho tantas saudades, tantas que ainda me dói o peito, cm se tivesses partido ontem...e ja passaram 20 anos desde que te perdi! Saudades da tua mão grande na minha, qdo me ías buscar à escola e me levavas à Gatuxa a comer um pastel de nata, ou então qdo ía ctg ao Ribatejano comer um prego naqueles bancos de balcão tão altos que tinhas de me levantar ao colo pra me sentares neles...ao qdo íamos com os meus pais ao Ramiro comer umas gambas gordas que descascavas pra mim...(mto comíamos nós!). De ti tenho a saudade, o amor tão intenso cm se estivesses vivo, o cheiro da tua pele no meu nariz...todas as historias que me contaste, as prendas que me deste qdo passei para a 2ª classe e me fizeste sentir uma princesa, a imagem nitída dos teus olhos verdes e amarelos tão parecidos com os da mãe...e tenho os caracois em que se transformaram de desgosto, no dia em que partiste, os meus cabelos outrora lisos, e q deste que foste embora me enfeitam a cabeça, cm se a revolta pla tua partida os tivesse alvoraçado para sempre...No fundo avô és um simbolo de tudo o que deixo pra trás...a minha cidade, a minha família. Vou sobreviver, cm sobrevivi qdo deixaste de esperar por mim no fim das aulas, mas n sem dor...

Vou vindo escrevinhar, até pq será uma maneira de tb me sentir proxima de tudo o que agora deixo...pareço dramática até a mim, mas isto depois passa, até porque quem me importa vai importar-me sempre!

De resto e como nunca antes, Aqui vou eu!

No proximo post, venho a falar inglês!

Ai Mouraria...


terça-feira, 8 de maio de 2007

Água...

Luz natural perfeita...

Olhares profundos acompanhavam o deslizar da água nas peles quentes...Pequenos mimos intervalavam o partilhar da esponja que tinha de dar pra dois. Risos. Beijos. Abraços sob o calor da água que enovoava o recinto e escondia o amor perfeito. A água a cair lavava o desejo, mantinha a magia, e camuflava os gemidos de saudade ainda antes dela chegar, e que se ouvia já na acústica perfeita...

Depois da água, o silêncio! Vai-se cantar o fado! É sempre hora de se ouvir o fado!



Gente da minha terra...pq esteja onde estiver, esta é a minha terra...e é cá q está a minha gente...

sábado, 5 de maio de 2007

Rosa Vermelha...


Era apenas um botão, verde e pouco promissor...vulgar entre tantos outros...Dentro de si, no entanto o potencial da flor que seria qdo crescesse, amadurecesse e desabrochásse...Foi tocada plo sol e abriu...pétalas macias, de um vermelho escuro aveludado e impressionante...deslumbrante oscilava levemente ao sabor da brisa.

Secretamente esta rosa nutria em si um amor...um amor que com o tempo chegou a duvidar que sequer existísse...mas ainda assim recusáva-se a abandoná-lo e continuava a nutri-lo, resiliente...Olhava o céu e pensava nele...acalentáva-o dentro de si, na seiva mais fresca que lhe corria plo caule...esperava por ele...que a visse e que parásse...Se apenas a encontrásse ela já se daria por feliz, e já consideraria que a sua vida teria valido a pena...se tão somente ele a visse...

Um dia porém, sem quase contar com ele, avistou-o e de imediato o reconheceu...Sem pensar, deu o seu melhor! Abriu as pétalas ao máximo da sua capacidade e deixou-se estar, ansiosa e de uma beleza sublime...então exalou o seu melhor perfume para q ele por magia o detectásse e a mirasse, mesmo que apenas por dois segundos...

De passagem ele deteve-se. Todo o seu roseiral estava explendoroso...mas aquela rosa por algum motivo lhe parecia mais viva que todas as outras...era mais vermelha, estava mais aberta...e parecia quase a tenta à sua presença. Baixou os olhos, abanou a cabeça e riu-se da sua própria ideia... Mas o vento, aliado à rosa, quis dar-lhe uma ajuda, e bafejou sobre ela com destreza, e deixou viajar em si o aroma doce e puro da rosa, até o entregar ao nariz do seu amor...

Ébrio com o perfume parou ainda antes de voltar as costas à roseira...e olhou-a com um misto de surpresa com estranheza...Alguma coisa o fez tomar coragem para agir contra o que a razão lhe ditava e estender o braço...e tocou-a. Levou os dedos ao nariz...

A rosa tinha o seu momento de glória! Nunca pensou que a tocásse...e assistiu extasiada ao fechar de olhos demorado do homem que a tinha feio nascer, plantando na terra a semente que lhe dera a origem, a si e a todas as suas irmãs...Num esforço para brilhar ainda mais, enrolou as margens das pétalas o que lhe conferiu a mais rara e indizível beleza. Estava de facto no seu máximo expoente...

N resistindo, aproximou-se dela...para a inspirar profundamente... De repente aquele perfume tinha-o transformado. Desejou aquela rosa como de uma mulher se tratásse... O amor tinha feito a rosa desenvolver feromonas que o tinham hipnotizado, e ele olhava-a atento, enquanto ela brilhava só pra ele... Pensou em colhê-la, mas depois pensou que a queria viva...e deslizou os dedos plo seu caule de veludo e parou junto dum dos seus espinhos...

Ela quase desfalecia de prazer...ele acariciava-a com cuidado, e parecia até que a amava...a vida era bela!
De repente, um calor subito lhe subiu plo caule...Algo que n entendia tinha acontecido...Sentiu-se desfalecer e em simultâneo quis rir...e chorar, e uma onde de prazer percorreu-a inteira, até ao fim de cada pétala macia e vermelha...Nem todo o vento a soprar lhe arrefecia a pele...estava em chamas de felicidade... Q magia era aquela que lhe causara o seu amor?

O homem olhava-a incrédulo, mudo, completamente atónito...Viu o caule crescer diante dos seus olhos, e as pétalas aumentarem substancialmente...toda ela cresceu e se tornou ainda mais magnífica e feliz...Depois olhou o seu dedo ferido do espinho...e interrogou-se: Que força o tinha feito picar-se intencionalmente? E porque a rosa tinha crescido assim de repente? E porque estava ele tão feliz e excitado, como um jovem enamorado e tolo? Sem esperar plas respostas voltou a picar-se...pra cair para trás com o novo ímpeto da rosa, que novamente crescia e estava mais vermelha e bela do que nunca... Não podia haver outra assim...n podia!

A rosa mal repirava de tanto prazer, e contudo sentia-se forte, feliz, realizada para além de todas as expectativas que a sua curta vida lhe teria proporcionado...

O tempo passou, os dias em anos se tranformaram... Ele nunca casou...
Satisfeito com a remodelação que fizera á sua casa, sentiu que finalmente o seu amor tinha o destaque que merecia...As paredes onde a roseira inicial se tinha apoiado para crescer já n existiam...estavam outras constuidas à volta desse espaço, amplas, com boa iluminação a entrar para a manter viva e saudável...a ela, sim, à rosa...Era uma árvore, única no mundo...a única rosa apaixonada, enorme, do tamanho do seu amor por ele...e o seu homem domia junto dela, recostado no seu forte e robusto tronco, embriagado com a sua beleza, como se da primeira vez se tratásse...

As outras rosas cresciam normais à volta dela, como aias à sua majestade...

Pra que se saiba, que n há amores impossíveis!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Diamantes...

Sempre adorei esta música...

Mando-vos a letra pra poderem acompanhar com destaque nas minhas duas estrofes favoritas...

Diamond ring, wear it on your hand
Its gonna tell the world, Im your only man
Diamond ring, diamond ring
Baby, youre my everything, diamond ring

Red, red rose brought it home to you
Blood red rose, tells me that youre true
Red, red rose, blood-red rose
Like a fire inside that grows, blood-red rose

When youre hungry, I will fill you up
When youre thristy, drink out of my loving cup
When youre crying, Ill be the tears for you
Theres nothing that I wouldnt do for you

2x

You know, I bleed every night you sleep
cause I dont know if Im in your dreams
I want to be your everything...

Diamond ring, wear it on your hand
Its gonna tell the world, Im your only man
Diamond ring, diamond ring
Baby, youre my everything, diamond ring
Darling, youre my everything, diamond ring
Now, youve got me on your string... diamond ring

Neste "Acoustic" o John acrescenta "You're my Queen and I'm your King...diamond ring..."...mto retro mas lindo, n é?

Resta-me dizer que há diamantes q n se usam num anel, mas no fundo do peito...e esses, valem mais ainda, e existem mm nos corações dos pobres...pobres mas ricos...

Beijos e diamantes...



Coincidência?



O meu último post tinha um fado...

Há coisas giras...

À noite vejam só o vinho que veio jantar cmg...Óptimo, por sinal...





E depois do bom petisco e do bom copo...e depois de ter tido um dia de descobertas interessantes (há coisas q só encontramos qdo estamos de partida...) adormeci em paz...e parece que alguém me apanhou a dormir em serviço pq eu devia ter estado agarrada ao ferro e a pôr roupa nas malas...
Deixo-vos com a prova do crime!